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Coração de Mãe, às vezes parece dois.
Um que nos preocupa, nos faz temer sempre o pior. Outro que nos sossega, nos serena e dá confiança.
Um que nos faz ter medo do futuro e achar que os dias passam depressa demais. Outro que nos dá a garra necessária para enfrentarmos tudo o que aí vier.
Um que nos agita, nos empurra, nos cansa. Outro que nos acalma, nos acolhe, nos sussurra que está tudo bem.
Um que nos deixa exaustas ao fim do dia. Outro que nos dá a força necessária para mais uma brincadeira, mais uma coreografia, mais uma cambalhota.
Um que nos faz chorar. Com medos, temores, com um sofrer por antecipação. Outro que nos alegra, nos puxa sorrisos, nos lembra que é preciso pouco para estar tudo bem.
Um que nos faz por vezes desesperar, perder a paciência, gritar. Outro que nos mostra que o caminho certo não é esse.
Esse coração é o mesmo que nos mostra o que é o amor na sua plenitude, sem interrogações, sem condições.
O que é o amor incondicional. A toda a hora. Todos os dias. Cada vez mais, e mais e mais.
Coração de Mãe, às vezes parece dois. [e dois não chegariam para todo o amor que vive em mim]