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Adoramos sextas-feiras. Mas se gostamos de chegar ao fim da semana de trabalho, é porque temos um emprego e devemos, por isso, sentir-nos gratos.
Queremos fins do mês. Contamos os dias que faltam. A seguir estamos a queixar-nos que o tempo passa muito depressa. Que nem damos por ele.
Queremos que os nossos filhos cresçam. Mas, no minuto a seguir, desejamos que fiquem bebés para sempre.
Queremos ter 18 anos para tirar a carta. Passados uns anos, dizemos que bom, bom era ser criança.
A vida é assim. Uma dualidade de sentimentos. Um misto de emoções.
E ninguém nos ensina a viver neste mix. Temos que aprender sozinhos.
Aprender a equilibrar-nos nesta corda bamba, que se chama vida.
Hoje, estou mais uma vez a tentar manter o equilíbrio.
A tentar não cair desta corda. A tentar gerir esta dualidade de sentimentos.
O meu irmão foi trabalhar para fora. Partiu em busca de um futuro melhor.
Num acto de coragem, despediu-se, fez as malas e partiu.
Eu, aqui feliz por saber que tanta coisa positiva pode daí advir, só choro. Numa dualidade, que hoje, se chama saudade.