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Antes do Lourenço nascer, eu afirmava, peremptoriamente, que ele nunca dormiria na minha cama. Porque se habituaria, porque os bebés têm manhas desde pequenos, porque tinha medo de o magoar, porque não e pronto.
Acontece que, na primeiríssima noite do Lourenço em casa (em finais de Novembro e com um frio polar) tivemos tanta pena de deixar "o menino no bercinho, tão frio, coitadinho", que esquecemos os fundamentalismos pré-parto, e deitámo-lo connosco. Boa parte das primeiras noites foram passadas na nossa cama!
A essas primeiras noites, seguiram-se muitas outras. Ou porque era mais fácil para dar de mamar, ou por estava frio, ou simplesmente porque gostavamos de o ter ali. Observá-lo enquanto dormia o seu sono dos anjos.
Passou mais tarde para a cama de grades, e aos 7 meses passou para o seu quarto. Sem dramas, sem manhas, sem dificuldades.
Conheço casais que admitem, sem qualquer problema que o seu/sua filho/a ainda dorme na cama deles, mesmo sendo bebés de quase 2 anos.
Conheço outros que afirmam "nunca, jamais, nem pensar".
E depois conheço outros, onde me incluo, que o fazem amiúde... Nem sempre, nem nunca.
Há muitas teorias sobre o co-sleeping, umas completamente a favor, usando argumentos como por exemplo, o facto do bebé estar mais calmo junto à mãe, mantendo a tensão arterial mais baixa e uma respiração mais regular, o aumento da vinculação entre pai, mãe e bebé, etc.
Depois, outras teorias que alegam que os bebés que dormem na cama dos pais (com relativa frequência) se tornarão adultos mais inseguros e pouco confiantes.
Eu, não gostando de extremismos, continuo a levar o Lourenço para a minha cama de vez em quando, como fiz a noite passada.
Ele não pediu. Simplesmente o levei quando me fui deitar.
Observo-o a dormir, sinto-lhe a respiração e o cheiro. Imagino os seus sonhos. Segredo-lhe o quanto gosto dele, e peço aos meus anjos da guarda para olharem sempre por nós.
Depois, aninho-me junto a ele, e durmo, também eu descansada.
Sinto que o Mundo lá fora pode acabar, porque que a Paz que me invade naquele momento, será superior a tudo isso.
Aí penso: Coitados dos pais, que não gostam de levar os seus filhos às suas camas! Não sabem o que perdem!
E dormimos...felizes!